Na semana passada fui a uma palestra da Rosário Pompéia, diretora de operações da LeFil e do Silvio Meira, fundador do Porto Digital e cientista-chefe da tds.company. Em março eles lançaram o Manifesto do Marketing do Futuro, propondo uma reflexão sobre como fazemos marketing hoje e como faremos no futuro.
Tive o primeiro acesso a esse material através de uma entrevista que ambos deram ao podcast Braincast e, logo depois, li o manifesto. Sugiro que você faça o mesmo. Leia e reflita como você pensa e faz o marketing do seu negócio hoje e como pretende fazer no futuro.
Fiquei muito feliz ao escutá-los, primeiro por partir de dois nordestinos essa provocação, e segundo porque encontrei muitos questionamentos que eu já me faço há algum tempo. Já tem anos que penso e faço marketing com foco em pessoas, pautada em estratégia de negócio e pensando em objetivos além da venda do final do mês (que também é muito importante, claro!).
"Negócios são sobre pessoas e marketing é sobre relacionamento", se você conhece o meu trabalho já me ouviu dizer isso algumas vezes. Marketing é construção, é aprendizagem, é conhecimento, é fazer no dia-a-dia, é olhar o longo prazo, é identificar tendências, é usar dados, é focar me meta, é atendimento um a um, é servir, é entrega valor, é venda. Só se faz marketing quando se mergulha na alma da empresa para entregar valor para quem compra. E não existe construção de relacionamento sem conhecer o outro. Se você tratar seus clientes apenas como números, eles também tratarão o seu negócio apenas com mais um fornecedor de qualquer coisa que eles terão necessidade em algum momento.
Nas aulas que dou no Efeito Furacão e na Digital College sempre lembro as pessoas que um dos grandes desafios de fazer marketing é fazer com consistência e com coerência. A trend do momento, a nova rede social ou a nova ferramenta e inteligência artificial vêm e vão, mas é a proposta de valor do negócio (propósito), relacionamento com os clientes e a constância de fazer que farão a diferença nos resultados do negócio.
O futuro pede que os negócios gerem impacto positivo na humanidade, que façam parte de um ecossistema de soluções de problemas, que ajudem as pessoas a viverem melhor, que tragam mais sentido para vida das pessoas. E, para isso, o marketing precisa ser parte da estratégia, precisa ser verdadeiro, precisa conectar pessoas, precisa entender melhor de pessoas.
Marketing precisa ouvir mais do que falar. Precisa servir mais do que ser bonito. Precisa usar dados para testar. Precisa ter intenção e ser medido. Precisa ter o mesmo poder de decisão que o financeiro da empresa. Marketing precisa ser visto como o futuro do negócio.
*Foto do post é do slide da palestra do Silvio Meira.
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